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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

OS ESPAÇOS ABERTOS


Fatores que auxiliam a construção de espaços positivos

Um primeiro fator, tratado por Alexander et al (1977), é a convexidade do espaço. Um espaço é convexo quando é possível traçar uma linha reta entre todos os pontos localizados no seu interior sem atravessar nenhuma borda do espaço aberto. Em outras palavras, em espaços convexos todos os pontos em seu interior conseguem se “enxergar” mutuamente. A imagem abaixo mostra dois exemplos: o primeiro deles, à esquerda, representa um espaço convexo. Na imagem da direita, ao contrário, é fácil perceber que há uma razoável quantidade de “pares” de pontos cuja linha de visão entre si passaria por fora do espaço, conforme exemplificado pela linha tracejada. Esse espaço não é convexo.

Espaço convexo (esq.) e não convexo (dir.) (Fonte: Carmona et al, 2003, p. 138)

O segundo é um certo grau de “contenção espacial” (CARMONA, 2003, p. 139), que por sua vez depende da relação entre a altura das edificações do entorno e suas distâncias no eixo horizontal. Segundo Carmona (2003), a forma mais fácil de criar esse senso de contenção espacial é agrupar edifícios ao redor de um espaço central.

Entretanto, isso nem sempre é possível ou até mesmo desejável, dependendo de cada situação. Nesses casos, é possível atingir efeito semelhante através de outros elementos, tais como desníveis e o uso de vegetação. Veja, por exemplo, a estratégia utilizada pelos projetistas da Deichmann square, Chyutin Architects.



Deichmann square (Chyutin Architects) – Source: here.


Camilo Sitte destacou o uso de configurações do tipo “catavento”, nas quais as vias não passam diretamente pelo espaço, o que diminuiria a sensação de contenção do espaço; ao contrário, as vias eram interrompidas pelas edificações para “recomeçarem” em outro alinhamento, aumentando a sensação de definição da ambiência.

Configurações em “catavento” – Sitte, 1992.

Podemos concluir que espaços bem conformados, positivos, tendem a proporcionar maior qualidade ao usuário e criar espaços mais agradáveis. Um fechamento equilibrado deve ser capaz de, ao mesmo tempo, proporcionar uma sensação de acolhimento mas também realizar conexões (visuais, funcionais, ou mesmo simbólicas) com outras partes da cidade, sejam outros espaços semelhantes a ele ou não, de forma a integrar-se adequadamente à riqueza e complexidade da dinâmica urbana.


Exemplos

Espaços negativos


Espaços positivos

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

PARC LA VILLETTE

O parque abrange mais de um quilômetro de comprimento e setecentos metros de largura. Abriga atividades como um Museu da Ciência e Indústria, uma Cidade da Música, teatros e espaços para concertos.

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O projeto consistiu em três sistemas: pontos, linhas e superfícies.

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A camada dos Pontos se refere às folies, edifícios que abrigam os cafés, bancas de jornal, midiatecas, livraria, salas de apoio, administração, sanitários, primeiros socorros. Esses edifícios estão dispostos a cada 120 metros, de acordo com um sistema ortogonal de grelha e as formas derivam de cubos de 10 metros de altura, com três pavimentos, que foram transformados e modificados conforme as necessidades programáticas. As folies são elementos marcantes na paisagem e apesar de estarem dentro de uma malha, parecem surgir de forma aleatória dentro do parque. 

Resultado de imagem para parc la villette folies

A camada Linhas diz respeito ao sistema de caminhos norte – sul, leste – oeste do parque: eixos que ligam as folies com os portões de entrada e saída e com as estações de metrô. Alguns trechos destes caminhos são cobertos por uma estrutura ondulada de 5 metros de largura. Todos os circuitos foram cuidadosamente planejados, para garantir o acesso aos principais locais do parque. 

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Na camada Superfícies, estão as áreas reservadas para atividades que necessitam de grandes espaços, como locais para práticas esportivas, exercícios e lazer, cinema e teatro ao ar livre. Esses espaços são cobertos por grama, terra compactada ou cascalho. Nos deparamos com elementos que parecem aleatórios e inesperados, porém na realidade foram pensados e programados – características de imprevisibilidade e indefinição.

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segunda-feira, 25 de abril de 2016

TÚNEIS SUBMERSOS

O túnel submerso, ou pré-moldado, tem vantagens relevantes frente à ponte. A primeira delas é a facilidade de ir e vir que o túnel traz. Para que um veículo acesse uma ponte desta altura, é necessária a construção de alças de acesso de pelo menos cerca de um quilometro e meio de cada lado. Já no túnel submerso, a alça de acesso, além de ser menor, é subterrânea. 

 



Um túnel submerso como o de São Paulo,
que vai ligar as cidades de Santos e Guarujá, no litoral paulista, será construído fora d'água e em partes. Chamadas de elementos pelos engenheiros, essas partes serão feitas de concreto armado terão 10 metros de altura, 37 metros de largura e 145 metros de comprimento. Ao todo, serão seis elementos.

Cada elemento comporta 2 pistas com 3 faixas de rolamento e uma galeria central de 5 metros para circulação de pedestres e ciclistas.

O cronograma do projeto prevê a construção de três elementos de cada vez. Depois de prontos e vedados, eles serão levados para o canal por rebocadores. Com lastros provisórios na parte interna, os elementos afundarão na água.

Por meio de um posicionamento preciso, encaixes e aplicação de concreto, as partes do túnel serão unidas debaixo d'água. Na parte externa do Submerso, uma cobertura com pedras servirá para evitar o choque de navios na estrutura.

No fim, o vedamento dos elementos será desfeito e o túnel estará pronto.
 
 

fonte: http://exame.abril.com.br/

quarta-feira, 20 de abril de 2016

FAVELA VERTICAL | VENEZUELA


Três mil pessoas vivem na Torre de David, edifício inacabado cuja sombra projeta no horizonte de Caracas a falência da Venezuela e do chavismo. 

Era para ser um prédio de escritórios moderno. Teria duas torres envidraçadas de 45 andares, um heliponto e vista para as exuberantes montanhas do Parque Nacional Él Avila, no centro de Caracas. A torre, originalmente batizada de Confinanzas Financial Center, foi abandonada com apenas 60% do prédio concluído em 1994. Havia apenas um enorme esqueleto de concreto. Naquele ano, Brillembourg morreu, e o setor bancário da Venezuela passou por uma forte retração.


1. Mãe e filho assistem a série de TV em seu apartamento (Foto: Jorge Silva) 

 
2. A fachada da Torre de David, onde moram 750 famílias (Foto: Jorge Silva)

Em 2007, quando a economia da Venezuela dava os primeiros sinais da ruína que logo viria a se instalar no país, centenas de sem-teto invadiram o prédio. Não havia elevadores. Para subir os primeiros dez andares, que foram projetados como um estacionamento, os moradores passaram a usar mototáxi. Dali para cima, só mesmo com as pernas. Os últimos andares não têm sequer paredes externas. O edifício tem padaria, cabeleireiro, açougue, bar e uma igreja. Água e energia elétrica chegam por meio de gambiarras. A Torre de David, como ficou conhecida, tornou-se a maior favela vertical do mundo. Pode ser vista de qualquer ponto de Caracas.
 
1. Crianças brincam no lobby da Torre de David (Foto: Jorge Silva) 
   
2. Maria trabalha como costureira diante de imagens de do libertador Simón Bolívar e do presidente Hugo Chávez (Foto: Jorge Silva) 
   
3. O morador Gabriel Rivas levanta pesos no 28º andar do prédio (Foto: Jorge Silva) 
 
VEJA O DOCUMENTÁRIO SOBRE A FAVELA VERTICAL.
 
 

 
FONTE: http://epoca.globo.com

quinta-feira, 11 de junho de 2015

CICLOVIA GRAMADO-CANELA

 Convênio formaliza criação da ciclovia entre Gramado e Canela Sergio Azeved, divulgação /

Um convênio entre as prefeituras de Gramado e Canela formaliza a criação de uma ciclovia entre as duas cidades.

O grupo gestor do trabalho integra, além das prefeituras, as câmaras de vereadores, o projeto Gramado Bicicleta e a Associação de Ciclismo de Gramado. O grupo já começou a reunir o que já existe de material, como medições de recuos e fachadas, com o auxílio de documentos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), já que a ciclovia passará pela ERS-235.

Ainda é cedo para falar em prazo de construção ou preço da obra. Será aberta uma licitação para a realização do projeto, que ligará o centro de Gramado ao centro de Canela em um trajeto de cerca de oito quilômetros.

 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

PROJETO PARCÃO - NOVO HAMBURGO

 
 
Através de um financiamento feito pelo Banco Interamericando de Desenvolvimento (BID) prefeitura lança edital para o projeto de revitalização do Parque Henrique Luiz Roessler (o Parcão).

Serão criadas pistas de caminhadas, ciclovias, novos acessos, playgrounds, equipamentos de ginásticas, trilhas, além de jardins, anfiteatro ao ar livre, sanitários, vestiários, lancherias e quadras esportivas.

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SOBRE O PARCÃO
 
Área de 51,3 hectares, lote colonial de João Pedro Schmitt, localizado aos fundos do Museu Schmitt-Presser, entre os bairros de Hamburgo Velho, Canudos e Jardim Mauá, área essa remanescente dos lotes em que foram divididos em 1825.

Após muita luta, passeatas e manifestações, em 19/02/90, o prefeito Paulo Ritzel efetiva a compra da área por NCr$ 40.000.000,00 (quarenta milhões de cruzeiros novos), representando a concretização de uma das ideias mais almejadas pelos hamburguenses.
Simbolicamente batizado com o nome de um dos precursores do movimento ecológico no Brasil, Henrique Roessler, o “Parcão”, como é conhecido, já vem cumprindo com uma função importante, aumento para quase 3m² a área verde por habitante, contribuindo, desse modo, para melhor qualidade da vida da população. No Parque há trilhas e áreas de lazer para crianças. 
 
 


sábado, 6 de junho de 2015

sexta-feira, 5 de junho de 2015

LOW LINE - O parque subterrâneo

Um novo conceito de parque.


Abaixo da rua Delancey, no Lower East Side de Manhatan, existe um grande terminal de bondes que está abandonado há 60 anos. Pelo terminal, contruído em 1903, passavam bondes que cruzavam a ponte de Williamsburg, ligando o Brooklyn a Manhatan. O terminal tem aproximadamente 8000m² de área – um espaço de grandes proporções, se comparado à maioria dos parques existentes em Nova York.

ESTAÇÃO DE BONDES ABANDONADA DESDE 1948.

Para aproveitar o espaço existente num bairro com poucas áreas verdes, os arquitetos James Ramsey e Dan Barasch propõe a criação do “primeiro parque subterrâneo do mundo” – o Lowline.

PROJETO DO LOWLINE

Para proporcionar um ambiente confortável, os arquitetos aprimoraram a tecnologia de dutos de luz para levar luz natural até o espaço subterrâneo. Utilizando fibra ótica e materiais altamente reflexivos, os projetistas alegam que a tecnologia possibilitaria a sobrevivência de plantas no parque.

TECNOLOGIA PROPOSTA PARA TRAZER LUZ NATURAL ATÉ O SUBSOLO

Foi construída uma amostra desse sistema em escala real durante uma exposição, para mostrar às pessoas como seria o parque. E, principalmente, fazer com que acreditem que é possível tornar o ambiente subterrâneo agradável.

EXPOSIÇÃO MOSTRANDO COMO SERIA O PARQUE

Vendo este projeto é inevitável a comparação com o High Line Park, no Lower West Side de Manhatan, onde também foi criado um parque nos trilhos de trem – naquele caso suspensos e não subterrâneos. Apesar das boas intenções, a proposta do Lowline levanta uma série de questões quanto ao que pode ocorrer no entorno do parque. No caso do High Line Park, houve um desenvolvimento de toda a área no entorno, mas com esse desenvolvimento sempre vem a gentrificação. E, no caso do Lowline, o assunto é ainda mais complexo por se tratar de uma das poucas áreas destinadas a habitação social que ainda resta em Manhatan.

A área adjacente ao parque, conhecida como SPURA, é o maior terreno livre ao sul da 96th Street que pertence à prefeitura de Nova York. Portanto, é um projeto que deve ser visto com muito cuidado para não obter um efeito contrário, trazendo implicações negativas sobre a vizinhança em vez dos benefícios esperados.



fonte: http://portalarquitetonico.com.br/

ARQUITETURA LIVRE - OPEN SOURCE

Ao aceitar seu prêmio TED 2006, Cameron Sinclair demostra o quão apaixonadamente arquitetos e projetistas podem responder à crise mundial de habitação. Ele revela seu desejo de que uma rede melhore o padrão habitacional global através do projeto participativo.

"SÓ SE FAZ MUDANÇAS AGINDO"



Algo que me chamou a atenção nesse video foi o projeto KENAF FIELD CLINIC (COMA SUA PROPRIA CLINICA), veja mais sobre esse projeto abaixo.


Planta-se sementes de kenaf (é uma planta de regiões tropicais e subtropicais, pode alcançar de 3 a 4 metros durante o período de 150 e 180 dias), em seguida, os médicos vêm e cortam uma área no centro desta plantação e colocam uma estrutura elástica na parte superior criando uma clinica provisória. Quando termina o tratamento das pessoas com HIV a clinica pode ser comida. Esse protótipo é baseado puramente no design sustentável, porque um dos problemas da pandemia do HIV é o problema de comer.



PARA ONDE VAI A CHUVA?


quarta-feira, 27 de maio de 2015