Um novo conceito de parque.
Abaixo da rua Delancey, no Lower East Side de Manhatan, existe um grande terminal de bondes que está abandonado há 60 anos. Pelo terminal, contruído em 1903, passavam bondes que cruzavam a ponte de Williamsburg, ligando o Brooklyn a Manhatan. O terminal tem aproximadamente 8000m² de área – um espaço de grandes proporções, se comparado à maioria dos parques existentes em Nova York.
ESTAÇÃO DE BONDES ABANDONADA DESDE 1948.
Para aproveitar o espaço existente num bairro com poucas áreas verdes, os arquitetos James Ramsey e Dan Barasch propõe a criação do “primeiro parque subterrâneo do mundo” – o Lowline.
PROJETO DO LOWLINE
Para proporcionar um ambiente confortável, os arquitetos aprimoraram a tecnologia de dutos de luz para levar luz natural até o espaço subterrâneo. Utilizando fibra ótica e materiais altamente reflexivos, os projetistas alegam que a tecnologia possibilitaria a sobrevivência de plantas no parque.
TECNOLOGIA PROPOSTA PARA TRAZER LUZ NATURAL ATÉ O SUBSOLO
Foi construída uma amostra desse sistema em escala real durante uma exposição, para mostrar às pessoas como seria o parque. E, principalmente, fazer com que acreditem que é possível tornar o ambiente subterrâneo agradável.
EXPOSIÇÃO MOSTRANDO COMO SERIA O PARQUE
Vendo este projeto é inevitável a comparação com o High Line Park, no Lower West Side de Manhatan, onde também foi criado um parque nos trilhos de trem – naquele caso suspensos e não subterrâneos. Apesar das boas intenções, a proposta do Lowline levanta uma série de questões quanto ao que pode ocorrer no entorno do parque. No caso do High Line Park, houve um desenvolvimento de toda a área no entorno, mas com esse desenvolvimento sempre vem a gentrificação. E, no caso do Lowline, o assunto é ainda mais complexo por se tratar de uma das poucas áreas destinadas a habitação social que ainda resta em Manhatan.
A área adjacente ao parque, conhecida como SPURA, é o maior terreno livre ao sul da 96th Street que pertence à prefeitura de Nova York. Portanto, é um projeto que deve ser visto com muito cuidado para não obter um efeito contrário, trazendo implicações negativas sobre a vizinhança em vez dos benefícios esperados.
fonte: http://portalarquitetonico.com.br/
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